Futebol… Jogo… Treino… Paixão complexa. Preocupação constante com a superação. Interacção, construção e reconstrução permanente. Reflexões e espaço de debate. Aqui falamos de futebol, sem tabus, para sermos melhores… sempre
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quarta-feira, 30 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
TRABALHAR SEGUNDO UM MODELO DE JOGO
“Há pessoas que
lutam um dia, e são boas.
Há outras que lutam
um ano, e são melhores.
Há aquelas que
lutam muitos anos, e são muito boas.
Mas há as que lutam
toda a vida – essas são imprescindíveis.”
(Bertolt Brecht)
Existe o treino
tradicional, analítico; existe o treino integrado, que é o treino com bola, não
muito diferente do anterior, e existe a Periodização Táctica com o qual me
identifico mais. Apesar de considerar o termo incorreto.
As primeiras
metodologias, sobre o paradigma de Descartes, dividem o pensamento e o ser, a
alma e o corpo, e vêem o homem como uma máquina. É também baseado nesta
influência cartesiana que nasce a Educação Física (outro termo incorreto).
O paradigma da
complexidade surge com Kant, que assume o Homem como um todo, surgindo a
Ciência da Motricidade Humana por Manuel Sérgio, defendida entre outros por
António Damásio, brilhante neurocirurgião, que publicou “O erro de Descarte” e
aplicada, brilhantemente, pelo treinador Mourinho.
Esta "consiste
em distribuir no tempo a aquisição de comportamentos tácticos (princípios e
sub-princípios) inerentes a uma forma de jogar (específica), com o subjacente
arrastamento da dimensão técnica, física e mental. Sobrepõe o colectivo ao
individual." (Vítor Frade, 2003). É a operacionalização de um jogar
através do desenvolvimento contínuo do Modelo de Jogo.
O princípio da
alternância horizontal em especificidade, o princípio da progressão complexa, o
princípio das propensões, são aspetos cruciais no desenvolvimento de um jogar
específico.
O Modelo de
Jogo é a assinatura de um treinador.
No decorrer de um
jogo, o jogador deve evidenciar comportamentos congruentes com uma determinada lógica
de organização. Assim sendo, é determinante que os jogadores tenham noção da
importância de jogar de acordo com determinados princípios, que levem um jogador
a interagir de forma eficaz com os restantes companheiros da sua
equipa.
Mais importante
do que
o modelo, são os
princípios definidos no modelo, É a partir dos princípios do modelo de jogo
que se desenvolve a organização colectiva e individual da equipa expressa nas
fases do jogo e que caracterizam essa mesma equipa.
Modelo de Jogo
funciona como uma referência para a construção de um todo assumindo assim uma importância
determinante na especificidade do processo de treino.
A sorte, o
imprevisto, o árbitro, a bola que não entrou, que bateu na trave ou no poste,
podem justificar o ganhar e o perder, mas na realidade não justificam todas as
derrotas, nem todas as vitórias.
Competência
Organização
Ambição
Carácter
Humanismo
sábado, 12 de outubro de 2013
8 Anos de treinador de Futebol.
3 Equipas
2 Subidas de Divisão
1 Título de campeão distrital
2 Taças de Cascais.
1 Época sem derrotas…
Este é o meu cartão de apresentação.
1º. Gosto e
dedicação (Futebol é uma filosofia de vida).
2º. Saber (Duas
licenciaturas desportivas: Motricidade Humana e Educação Física e Desporto com especialização
em Futebol. Praticante
federado até ao segundo ano de Sénior). Pedagógico-didáctica - capacidade de comunicação).
3º. Intuição (o
bom treinador é aquele que é mais perspicaz, a intuição complementa o saber)
capacidade de ver, diagnosticar e analisar mais rápido e mais cedo que os
outros. Elemento importante na criatividade do treinador. Diretamente ligada ao
seu modelo e à estratégia de jogo.
4º. Paciência e
persistência sem este não é possível ser treinador.
5º. Conviver com
a imprevisibilidade: individualidade de cada atleta; os resultados, lesões,
condições climatéricas, sistemas táticos do adversário…
6º. Organização
nas grandes equipas não há um treinador mas sim uma grande equipa técnica com elevada capacidade de trabalho ( Mário Pacheco, Carlos Daniel,
Pedro Sabino, Pedro Sousa)
7º. Responsabilidade
em todas as circunstâncias.
8º. Autoridade e
Liderança (forte e natural) autoridade aceite, reconhecida, requerida e nunca
imposta.
9º. Competência
e exemplo: é necessário que os atletas percebam o que o treinador pretende
10º. Domínio –
domínio de si próprio e domínio das situações. Todos os componentes do
treinador devem ser refletidos e muito bem pensados e intencionados. A sua
maneira de andar, sentar, olhar ou falar com o árbitro, deve ser antes de mais
bem refletida. Tem vindo a melhorar com a experiência.
Reconhecer as suas capacidades.
Especialmente reconhecer as suas limitações.
Competência
Organização
Ambição
Carácter
Humanismo
Professor José António Pereira Fernandes
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