Futebol… Jogo… Treino… Paixão complexa. Preocupação constante com a superação. Interacção, construção e reconstrução permanente. Reflexões e espaço de debate. Aqui falamos de futebol, sem tabus, para sermos melhores… sempre
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domingo, 1 de maio de 2011
E AGORA...
"Não gosto de jogar neste estilo, mas tenho de me adaptar, porque isto é o que há"
Não sei ao certo se o 1º acto do Mourinho foi não convocar o Cristiano Ronaldo, mas na minha opinião não acho que o Mourinho deva ter qualquer atitude prejurativa para com o Cristiano Ronaldo, pois ele como qualquer jogador faz parte integrante do jogo, e como tal tem direito a sua opinião, o Mourinho pode ate nem concordar mas tem de respeitar a opinião do seu atleta, pois os atletas não são bonecos nas mãos dos treinadores são actores que intervêm e fazem parte do sistema complexo, cheio de variantes que é o jogo. Como tal, se o atleta continuar a cumprir o que o treinador lhe tem pedido (as suas funções) não deve ser castigado por ter ideias diferentes das do treinador.
Na minha modesta opinião que vale o que vale... Hugo Gonçalves
Caro Hugo. Obrigado pelo teu comentário. Bastante válido, porque acredito que é na troca de impressões que todos evoluímos.
Realmente a não convocatória de Ronaldo pode significar muita coisa ou até pode não significar nada e ser uma mera gestão.
Claro que concordo que os jogadores têm direito a opinião. No meu entender o modelo de jogo é construído pelo treinador, para os jogadores (dependendo das suas características) e tendo em conta as opiniões do grupo… mas nunca da individualidade.
Dou-te um exemplo. Sou defensor da defesa à Zona. No entanto em alguns grupos, os jogadores afirmavam não se sentir confortáveis com esse tipo de marcação nos esquemas tácticos. Então adaptei-me aos jogadores e fui ao encontro das suas crenças. Mas de uma maneira construtiva e com um objectivo final. Trabalhar a defesa à zona. Assim treinava a defesa individual que era utilizada nos jogos mas progressivamente fui trabalhando a defesa mista, até ganhar confiança e chegar à defesa à zona. Deu trabalho, mas naquela altura já eram os jogadores a dizer que assim era mais “confortável.” Os jogadores devem orientar-se por príncipios. Mais importante, é que de cantos não sofria golos…
Agora pergunto. Não deve o jogador proteger o seu treinador tal como Mourinho fez ao defender Cristiano?
A coesão do grupo não foi afectada.
Essa opinião não devia ter sido feito pessoalmente e não pelos jornais, especialmente após uma derrota?
Claro que sim, na minha opinião este tipo de comentários de ficar apenas entre treinador atleta e que ambos possam debater e argumentar o seu ponto de vista e assim chegar a um consenso ou não.
Concordo plenamente consigo quando refere que o treino deve ser dirigido aos jogadores, e ir de encontro as suas necessidades. tal como sou também a favor de que após serem dadas as condicionantes de jogo ao atleta e de lhe ser explicado o que esta a fazer, e o porquê de o estar a fazer, e não apenas porque sim e porque sou eu que mando.
Acho que o processo de treino é um processo continuo de ensino-aprendizagem, sendo reciproco entre atleta e treinador, como tal, aquilo que referi anteriormente de explicar ao atleta o porque vai fazer com que o atleta perceba melhor o jogo, e promover a sua autonomia dentro de campo, ficando ele capaz de poder identificar os seus erros tal como os dos colegas se assim for necessário.
Mas já estou a entrar noutro campo, e não querendo fugir há pergunta concordo plenamente consigo, o atleta tem que confiar no treinador e nas suas escolhas, sabendo que as suas intenções sao o que acha mais correcto para aquele momento e para a sua equipa.
Não sei ao certo se o 1º acto do Mourinho foi não convocar o Cristiano Ronaldo, mas na minha opinião não acho que o Mourinho deva ter qualquer atitude prejurativa para com o Cristiano Ronaldo, pois ele como qualquer jogador faz parte integrante do jogo, e como tal tem direito a sua opinião, o Mourinho pode ate nem concordar mas tem de respeitar a opinião do seu atleta, pois os atletas não são bonecos nas mãos dos treinadores são actores que intervêm e fazem parte do sistema complexo, cheio de variantes que é o jogo. Como tal, se o atleta continuar a cumprir o que o treinador lhe tem pedido (as suas funções) não deve ser castigado por ter ideias diferentes das do treinador.
ResponderEliminarNa minha modesta opinião que vale o que vale...
Hugo Gonçalves
Caro Hugo.
ResponderEliminarObrigado pelo teu comentário. Bastante válido, porque acredito que é na troca de impressões que todos evoluímos.
Realmente a não convocatória de Ronaldo pode significar muita coisa ou até pode não significar nada e ser uma mera gestão.
Claro que concordo que os jogadores têm direito a opinião. No meu entender o modelo de jogo é construído pelo treinador, para os jogadores (dependendo das suas características) e tendo em conta as opiniões do grupo… mas nunca da individualidade.
Dou-te um exemplo. Sou defensor da defesa à Zona. No entanto em alguns grupos, os jogadores afirmavam não se sentir confortáveis com esse tipo de marcação nos esquemas tácticos. Então adaptei-me aos jogadores e fui ao encontro das suas crenças. Mas de uma maneira construtiva e com um objectivo final. Trabalhar a defesa à zona. Assim treinava a defesa individual que era utilizada nos jogos mas progressivamente fui trabalhando a defesa mista, até ganhar confiança e chegar à defesa à zona. Deu trabalho, mas naquela altura já eram os jogadores a dizer que assim era mais “confortável.” Os jogadores devem orientar-se por príncipios. Mais importante, é que de cantos não sofria golos…
Agora pergunto. Não deve o jogador proteger o seu treinador tal como Mourinho fez ao defender Cristiano?
A coesão do grupo não foi afectada.
Essa opinião não devia ter sido feito pessoalmente e não pelos jornais, especialmente após uma derrota?
Vamos continuar a debater…
Claro que sim, na minha opinião este tipo de comentários de ficar apenas entre treinador atleta e que ambos possam debater e argumentar o seu ponto de vista e assim chegar a um consenso ou não.
ResponderEliminarConcordo plenamente consigo quando refere que o treino deve ser dirigido aos jogadores, e ir de encontro as suas necessidades. tal como sou também a favor de que após serem dadas as condicionantes de jogo ao atleta e de lhe ser explicado o que esta a fazer, e o porquê de o estar a fazer, e não apenas porque sim e porque sou eu que mando.
Acho que o processo de treino é um processo continuo de ensino-aprendizagem, sendo reciproco entre atleta e treinador, como tal, aquilo que referi anteriormente de explicar ao atleta o porque vai fazer com que o atleta perceba melhor o jogo, e promover a sua autonomia dentro de campo, ficando ele capaz de poder identificar os seus erros tal como os dos colegas se assim for necessário.
Mas já estou a entrar noutro campo, e não querendo fugir há pergunta concordo plenamente consigo, o atleta tem que confiar no treinador e nas suas escolhas, sabendo que as suas intenções sao o que acha mais correcto para aquele momento e para a sua equipa.
Melhores cumprimentos
Hugo Gonçalves