“Basketball, unlike
football with its prescribed routes, is an improvisational game, similar to
jazz. If someone
drops a note, someone else
must step into the vacuum and drive the beat that sustains the team.”
Phil Jackson
Quantas
vezes ouvimos os treinadores a afirmarem que a sua equipa não realizou o que
estava planeado, que não teve princípios?
O Futebol
é uma essência táctica onde se verificam os princípios do jogo que ocorrem no
decorrer da partida. Efectivamente a dimensão táctica ainda é um assunto pouco
pesquisado e trabalhado tanto no campo como na observação e na análise. Uma das
razões é naturalmente a complexidade envolvida.
O Modelo
de Jogo afigura-se imprescindível na construção de um processo de treino, uma
vez que orienta todo o processo de treino. O modelo de jogo constitui assim, o
“guia” do processo, um referencial fundamental porque congrega todos os
princípios e sub-princípios de um sistema complexo que é a IDEIA do jogo pretendido.
No
futebol os princípios GERAIS visam o
criar superioridade numérica no ataque e não permitir a inferioridade numérica
na defesa. Evitar a igualdade numérica também é um principio.
Os
princípios fundamentais do ataque são: penetração, cobertura ofensiva,
mobilidade e espaço
Os
princípios fundamentais da defesa são: contenção, cobertura defensiva,
equilíbrio, concentração.
A ESPECIFICIDADE é praticamente o maior
dos princípios do treino. Tudo aquilo que aparece no treino tem que ser em
função daquilo que nós conjecturamos para o jogo. A IDEIA de jogo deve orientar
a nossa acção.
A ESPECIFICIDADE
é também treinar pedacinhos micro e macro do nosso jogo, que contenham a
essência do nosso Jogo.
Não basta
criar exercícios específicos para que eles aconteçam no treino. A intervenção
do treinador também tem de ser específica e clara, tal como o seu modelo. A
intervenção pode acontecer na explicação do exercício no sentido dos jogadores
entenderem a contextualização e objectivos pretendidos bem como os
comportamentos (interacções) desejados. A intervenção pode ainda acontecer em
mais dois momentos. O segundo deve acontecer durante a execução do exercício,
corrigindo os comportamentos desviantes e/ou incorrectos, bem como avaliando e
motivando os seus atletas. O último acontece no final do exercício com o
objectivo de sintetizar os aspectos positivos e negativos do realizado.
No decorrer
do treinar e do jogar os princípios entram em interacção. No meu entender o que
determina as diferenças entre uma equipas e outras são aquilo que designo por PRINCÍPIOS REGEDORES DA INTERACÇÃO OFENSIVA
E/OU DEFENSIVA. Estes são os princípios REFERENCIAIS de comportamento que regulam os procedimentos da
equipa no decorrer do jogo, dependendo naturalmente da bola, colega, espaço e
adversário. A ordem destes orientadores
depende naturalmente de cada treinador.
Exemplo -
Passe efectuado na zona seis e/ou entre o pivot defensivo e o central, são
referenciais de pressão em que a equipa tem de passar de defender a pressionar
de forma colectiva.
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