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terça-feira, 5 de julho de 2011

Professor Zé agora em BD

A Fnac do C. Colombo foi palco do lançamento da colecção" Pipa Palito e Rafa Trivela", livros destinados a crianças apaixonadas por desporto e pelo futebol em particular.

António Varela, editor chefe do jornal record é o autor, de um mundo de fantasia do desporto rei.

Algumas curiosidades. A inspiração do autor nasceu da entrada da sua filha no Colégio Marista de Carcavelos e da sua inscrição na equipa de Futebol.

Por curiosidade fui seu Professor e Treinador, decorria o seu 5ª Ano. Sofia foi uma inspiração. Única rapariga do grupo. Trabalhava nos limites e vivia o jogo de uma forma pura e inocente de quem vive o momento.

No primeiro vídeo podemos ainda ver o Gil (também meu aluno e jogador) que descreve Rafa Trivela (umas das personagens), tal como se estivesse a descrever a ele próprio. Gil iniciou a prática Federada comigoeé um diamante por lapidar. Está no Oeiras e tem uma margem de progressão interessante.

Sofia está nos Lombos, com o mesmo sorriso brilhante que iniciou no primeiro dia.

Naturalmente aconselho a adquirirem este livro pela sua excelência.

No segundo e terceiro vídeo, vejam se descobrem quem é o Professor Zé… personagem do livro…
 





domingo, 3 de julho de 2011

A VIDA É DOS ESPERTOS...

Hoje na revista Sábado vi um artigo que achei bastante interessante. Ando a preparar um artigo sobre treinadores e uma das partes "bate" nas questões dos conhecimentos, dos amigos e das influências. Sem ser a história de um treinador, mas sim de um jogador, vejam este exemplo.

A história está a dar que falar no Brasil. Carlos Henrique Raposo, conhecido como Kaiser, teve uma carreira de 20 anos como jogador de futebol e nem um jogo completo por ano realizou. Passou pelos Estados Unids, França e México, tendo andado em alguns dos mais importantes clubes brasileiros (Botafogo, Flamengo, Vasco, Fluminense, América, Bangu, Palmeiras). Era descrito nos jornais como “goleador” ou “artilheiro”, mas ninguém se lembra de um golo e poucos foram os privilegiados a vê-lo jogar, uma vez que segundo o próprio, jogos completos terá feito uns “20, 30″, disse Kaiser ao Globo Esporte.
Era um inimigo da bola, bom na parte física. No treino, combinava com um colega para lhe acertar, porque queria ir para o departamento médico”, recorda Renato Gaúcho, um dos amigos de verdade do futebolista de faz-de-conta.
É uma óptima pessoa, um ser humano extraordinário. Mas não jogava nem cartas. O problema dele era a bola. Nunca o vi jogar em lugar algum. Pinóquio perdia. Pior do que cara de pau, esse rapaz é o maior 171 do futebol brasileiro. Conta história, mas às 16h da tarde, num domingo, no Maracanã, nunca jogou. Tenho certeza”, corrobora Ricardo Rocha, outro dos amigos de Kaiser.
Certo é que na passagem pelo Bangu, as lesões já não enganavam ninguém. Um dia, sentado no banco, foi chamado a entrar em campo. “Comecei a aquecer e vi os adeptos a insultar a equipa. Avancei a rede e fui brigar com os adeptos. Fui expulso antes de entrar em campo” afirmou. Entre alguns amigos, é hoje conhecido como o Forrest Gump do futebol brasileiro. Hoje com 48 anos, Kaiser vive actualmente no Flamengo, no Rio de Janeiro e resolver contar toda a sua história:
“Eu assinava o contrato de risco, mais curto, de normalmente três meses. Mas recebia as luvas do contrato e ficava lá este período. Eu mandava alguém levantar a bola pra mim e errava a bola. Aí sentia o posterior da coxa, ficava 20 dias no departamento médico. Não tinha ressonância (magnética) na época. E quando a coisa ficava pesada para o meu lado, tinha um dentista amigo meu que dava um atestado de que era foco dentário. E assim ia levando. Não me arrependo de nada. Os clubes já enganaram tantos os jogadores, alguém tinha que ser o vingador dos caras. Na época a gente ficava concentrado em hotel. Eu chegava três dias antes, levava dez mulheres e alugava apartamentos dois andares abaixo do que o time ia ficar. De noite ninguém fugia de concentração, a única coisa que a gente fazia era descer escada. Tanto que tem treinador hoje que bota segurança no andar. Mulher era a coisa mais fácil, podia ser em espanhol, inglês, francês. Porque jogador já tem esse assédio, eu não me considero um cara feio. Se fui clone um dia de alguém na vida foi do Renato Gaúcho. A gente se conheceu em 83, ele jogava no Grêmio e vinha muito pro Rio. Essa fama que ele tem com as mulheres perto de mim não é nada. A gente saía muito, eu, ele e o Gaúcho.Eu tenho facilidade em angariar amizades, tanto que muitos da imprensa da minha época gostam de mim, porque nunca tratei ninguém mal. Jogo completo se tiver uns 20, 30, tem muito. Todo jogo eu dava ‘migué’. Todo jogo eu saía machucado, até treino, se eu pudesse, eu saía machucado. Pelas oportunidades, pelos times que passei, se eu me dedicasse mais, eu teria ido mais longe na minha carreira. De certa forma, me arrependo de não ter levado as coisas mais a sério. Se teve alguém que eu prejudiquei a vida toda foi a mim mesmo” afirmou. Kaiser encerrou a carreira aos 39 anos, com as cores dos franceses do Ajaccio …

Apesar de ter visto na Revista Sábado, copiei o artigo daqui: