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domingo, 20 de outubro de 2013

TRABALHAR SEGUNDO UM MODELO DE JOGO






 
“Há pessoas que lutam um dia, e são boas.
Há outras que lutam um ano, e são melhores.
Há aquelas que lutam muitos anos, e são muito boas.
Mas há as que lutam toda a vida – essas são imprescindíveis.”
(Bertolt Brecht)




Existe o treino tradicional, analítico; existe o treino integrado, que é o treino com bola, não muito diferente do anterior, e existe a Periodização Táctica com o qual me identifico mais. Apesar de considerar o termo incorreto.
As primeiras metodologias, sobre o paradigma de Descartes, dividem o pensamento e o ser, a alma e o corpo, e vêem o homem como uma máquina. É também baseado nesta influência cartesiana que nasce a Educação Física (outro termo incorreto).
O paradigma da complexidade surge com Kant, que assume o Homem como um todo, surgindo a Ciência da Motricidade Humana por Manuel Sérgio, defendida entre outros por António Damásio, brilhante neurocirurgião, que publicou “O erro de Descarte” e aplicada, brilhantemente, pelo treinador Mourinho.
Esta "consiste em distribuir no tempo a aquisição de comportamentos tácticos (princípios e sub-princípios) inerentes a uma forma de jogar (específica), com o subjacente arrastamento da dimensão técnica, física e mental. Sobrepõe o colectivo ao individual." (Vítor Frade, 2003). É a operacionalização de um jogar através do desenvolvimento contínuo do Modelo de Jogo.   
O princípio da alternância horizontal em especificidade, o princípio da progressão complexa, o princípio das propensões, são aspetos cruciais no desenvolvimento de um jogar específico.
 O Modelo de Jogo é a assinatura de um treinador.
No decorrer de um jogo, o jogador deve evidenciar comportamentos congruentes com uma determinada lógica de organização. Assim sendo, é determinante que os jogadores tenham noção da importância de jogar de acordo com determinados princípios, que levem um jogador a interagir de forma eficaz com os restantes companheiros da  sua  equipa. 
Mais importante do  que  o  modelo,  são  os princípios  definidos no modelo,  É a partir dos princípios do modelo de jogo que se desenvolve a organização colectiva e individual da equipa expressa nas fases do jogo e que caracterizam essa mesma equipa.
Modelo de Jogo funciona como uma referência para a construção de um todo assumindo assim uma importância determinante na especificidade do processo de treino.
A sorte, o imprevisto, o árbitro, a bola que não entrou, que bateu na trave ou no poste, podem justificar o ganhar e o perder, mas na realidade não justificam todas as derrotas, nem todas as vitórias.

Competência
Organização
Ambição
Carácter
Humanismo

sábado, 12 de outubro de 2013

8 Anos de treinador de Futebol.



3 Equipas
2 Subidas de Divisão
1 Título de campeão distrital
2 Taças de Cascais.
1 Época sem derrotas…

Este é o meu cartão de apresentação.


1º.      Gosto e dedicação (Futebol é uma filosofia de vida).

2º.      Saber (Duas licenciaturas desportivas: Motricidade Humana e Educação Física e Desporto com especialização em Futebol. Praticante federado até ao segundo ano de Sénior). Pedagógico-didáctica -  capacidade de comunicação).

3º.      Intuição (o bom treinador é aquele que é mais perspicaz, a intuição complementa o saber) capacidade de ver, diagnosticar e analisar mais rápido e mais cedo que os outros. Elemento importante na criatividade do treinador. Diretamente ligada ao seu modelo e à estratégia de jogo.

4º.      Paciência e persistência sem este não é possível ser treinador.

5º.      Conviver com a imprevisibilidade: individualidade de cada atleta; os resultados, lesões, condições climatéricas, sistemas táticos do adversário…

6º.      Organização nas grandes equipas não há um treinador mas sim uma  grande equipa técnica com elevada capacidade de trabalho ( Mário Pacheco, Carlos Daniel, Pedro Sabino, Pedro Sousa)

7º.      Responsabilidade em todas as circunstâncias.  

8º.      Autoridade e Liderança (forte e natural) autoridade aceite, reconhecida, requerida e nunca imposta.

9º.      Competência e exemplo: é necessário que os atletas percebam o que o treinador pretende

10º.    Domínio – domínio de si próprio e domínio das situações. Todos os componentes do treinador devem ser refletidos e muito bem pensados e intencionados. A sua maneira de andar, sentar, olhar ou falar com o árbitro, deve ser antes de mais bem refletida. Tem vindo a melhorar com a experiência.

Reconhecer as suas capacidades.
Especialmente reconhecer as suas limitações.


Competência
Organização
Ambição
Carácter
Humanismo




Professor José António Pereira Fernandes