Pesquisar neste blogue

terça-feira, 11 de novembro de 2014

PRINCÍPIOS REGEDORES DA INTERACÇÃO OFENSIVA E/OU DEFENSIVA


“Basketball, unlike football with its prescribed routes, is an improvisational game, similar to jazz. If someone
drops a note, someone else must step into the vacuum and drive the beat that sustains the team.”

Phil Jackson

Quantas vezes ouvimos os treinadores a afirmarem que a sua equipa não realizou o que estava planeado, que não teve princípios?
O Futebol é uma essência táctica onde se verificam os princípios do jogo que ocorrem no decorrer da partida. Efectivamente a dimensão táctica ainda é um assunto pouco pesquisado e trabalhado tanto no campo como na observação e na análise. Uma das razões é naturalmente a complexidade envolvida.
O Modelo de Jogo afigura-se imprescindível na construção de um processo de treino, uma vez que orienta todo o processo de treino. O modelo de jogo constitui assim, o “guia” do processo, um referencial fundamental porque congrega todos os princípios e sub-princípios de um sistema complexo que é a IDEIA do jogo pretendido.

No futebol os princípios GERAIS visam o criar superioridade numérica no ataque e não permitir a inferioridade numérica na defesa. Evitar a igualdade numérica também é um principio.
Os princípios fundamentais do ataque são: penetração, cobertura ofensiva, mobilidade e espaço
Os princípios fundamentais da defesa são: contenção, cobertura defensiva, equilíbrio, concentração.
A ESPECIFICIDADE é praticamente o maior dos princípios do treino. Tudo aquilo que aparece no treino tem que ser em função daquilo que nós conjecturamos para o jogo. A IDEIA de jogo deve orientar a nossa acção.
A ESPECIFICIDADE é também treinar pedacinhos micro e macro do nosso jogo, que contenham a essência do nosso Jogo.
Não basta criar exercícios específicos para que eles aconteçam no treino. A intervenção do treinador também tem de ser específica e clara, tal como o seu modelo. A intervenção pode acontecer na explicação do exercício no sentido dos jogadores entenderem a contextualização e objectivos pretendidos bem como os comportamentos (interacções) desejados. A intervenção pode ainda acontecer em mais dois momentos. O segundo deve acontecer durante a execução do exercício, corrigindo os comportamentos desviantes e/ou incorrectos, bem como avaliando e motivando os seus atletas. O último acontece no final do exercício com o objectivo de sintetizar os aspectos positivos e negativos do realizado.

No decorrer do treinar e do jogar os princípios entram em interacção. No meu entender o que determina as diferenças entre uma equipas e outras são aquilo que designo por PRINCÍPIOS REGEDORES DA INTERACÇÃO OFENSIVA E/OU DEFENSIVA. Estes são os princípios REFERENCIAIS de comportamento que regulam os procedimentos da equipa no decorrer do jogo, dependendo naturalmente da bola, colega, espaço e adversário. A ordem destes orientadores depende naturalmente de cada treinador.


Exemplo - Passe efectuado na zona seis e/ou entre o pivot defensivo e o central, são referenciais de pressão em que a equipa tem de passar de defender a pressionar de forma colectiva.