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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

perguntas e respostas

Caro Rui Carvalho (U.R. Mercês)

Em primeiro lugar, muito obrigado pelas suas palavras.
Em segundo lugar, parabéns pelo trabalho que está a desenvolver nas Mercês. Trabalhar nas condições que trabalha e estar a disputar os primeiros lugares e estar ainda na Taça. Não é sorte. É trabalho, dedicação e mérito. Na taça serei adepto das Mercês. Porquê? Porque demonstraram mais uma vez que quando se é humilde, trabalhador e lutador, consegue-se os objetivos. 
Além disso a II distrital é vista como "algo estranho", tipo INATEL, sem visibilidade quando na realidade a organização e a qualidade já tem um nível bastante aceitável.

Para si, votos de excelentes êxitos desportivos e pessoais.

Um abraço e até breve.  

domingo, 12 de fevereiro de 2012

HOJE FALO DO CORAÇÃO.

Já falei aqui neste espaço de aspetos ligados a”ser treinador”, no entanto existem outros factores importantes que raramente são abordados.

Hoje falo do coração, porque hoje, subi de divisão. E peço desde já desculpa por falar no EU, pois o eu, em mim representa muita gente, já dizia Shakespeare.

Se hoje sou treinador sénior devo-o a alguns jogadores, que viam o meu treino e gostavam dos métodos. José António e Luís Fernandes tiveram influência quando a escolha recaio sobre mim.

Depois, um grupo excelente que dava tudo em campo. Não éramos os melhores, mas tínhamos alma e ambição. Dentro de campo cada vitória era festejada como se fosse a primeira e as derrotas eram vendidas caras. A vitória na Taça de Cascais foi um grande mérito para estes atletas que davam tudo em campo.

Fernando Lopes, pai do Luís Lopes, meu jogador no Fontainhas, acompanhava os jogos e os treinos. Foi para Tires como presidente e apesar de ter falado abertamente com 3 treinadores (os 3 sabiam que podiam ser futuros treinadores do Tires) a escolha recaio sobre Luís Alegria.

Nesse mesmo ano tive muito perto de ir com Rui Dias para o Olivais e Moscavide que estava na II Liga. Já tinha trabalhado com o Rui, como estagiário no Amora e as ligações ficaram. A decisão era de iniciar-me como profissional, mesmo como adjunto ou ir para o Colégio Marista de Carcavelos leccionar Ed. Física e continuar a treinar o Fontainhas. Optei pela segunda…

Foram 2 anos (meia época + época e meia) que fiquei nas Fontainhas, sendo que fui convidado para ir para Tires.

Por respeito ao presidente, alguns jogadores e alguns sócios, do Tires, não irei falar… para já…apesar de achar que ultimamente têm surgido alguns comentários que mereciam ser no mínimo esclarecidos. No entanto uma subida e uma Taça de Cascais. Na última época, ao fim de 9 jornadas (das quais 2 em casa) optei por sair.

Realço a perpetiva de alguém de fora, sobre este assunto:

O TRABALHO DE BASE..QUALITATIVO, PLANIFICADO E ORGANIZADO QUE DEIXA EM TIRES..NUM CICLO MAGNIFICO..AS BASES ESTÃO CRIADAS. JMR (http://kings.bloguepessoal.com/282332/JOSE-ANTONIO-talhado-para-altos-voos-nao-trocava-o-JA-pelo-JM/
)

Em duas épocas 14 juniores promovidos… os objetivos alcançados sempre.

Decidi parar, por uns tempos. Estive para voltar pela mão de uma pessoa que admiro, mas ainda não era o momento…

Recomecei no Dramático, onde senti o desejo de mudança e onde me fizeram sentir útil.

E não foi preciso “andar a ligar” aos presidentes e diretores para se lembrarem de mim, especialmente quando as coisas não correm bem aos colegas. Não foi preciso ligar a “amigos” para me colocarem no mercado. Alias, amigos desses não tenho e não faço jogos. Não apareço em campos onde as coisas não estão a correr bem entre outros esquemas.

Coloquei alguns pontos estratégicos em cima da mesa. Iniciou-se a época. Recomeçou-se praticamente do zero, não foi fácil… indefinições quanto à divisão onde jogar, e logo dificuldade em recrutar jogadores. Felizmente com a ajuda de alguns amigos, especialmente um (ele sabe quem é) conseguimos recrutar bons jogadores, que se juntaram aos que já pertenciam ao plantel.

E é assim, que hoje, dia 12 de Fevereiro, 9 dias depois de completar 33 anos, festejo uma subida de divisão. Sem ajudas, interesses, empresários… apenas trabalho, como sempre. Trabalho e dedicação que se iniciaram com a minha formação académica (duas licenciaturas em desporto) e continuaram pelo campo do treino. 

Muito mérito de uma equipa, que vai desde o responsável pelo futebol ao nosso roupeiro, passando pelo meu grupo, único, com muitos valores individuais… Uma palavra para os meus amigos e Técnicos, Pedro Sousa e Pedro Sabino. Vocês foram a força...

E é assim, que aos pouco construo a minha “pequena” história. Sempre a tentar ser melhor. Cada vez que piso um campo de futebol, tudo muda. Sou outro homem. Não há nada melhor no mundo…  
Posso não ser considerado o melhor treinador da distrital, mas HOJE subimos de divisão e conseguimos este objetivo sem perder um jogo.