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quarta-feira, 2 de março de 2011

BENFICA 2 SPORTING 1 - TAÇA DA LIGA





 
Um derby que tinha como interesse ver como reagiria o Sporting, após demissões, maus resultados e uma época em risco.

Equipas sem grandes novidades. O Benfica com a sua equipa habitual e o Sporting com Couceiro no banco, como treinador montou uma equipa com duplo pivot, libertando Matias e colocou Vukcevic na ala direita.   

Na 1ª Parte o Benfica tentou entrar a pressionar e a impor o seu jogo. No entanto, o jogo posicional defensivo do Sporting limitou as saídas do Benfica. Sidnei com dificuldades nas saídas curtas e a comprometer, poucas linhas de passe e pouca dinâmica na procura da bola. Sidei, Luisão e Garcia até tiveram posse de bola mas raramente tiveram linha de passe. Gaitan e Salvio, pouco dinâmicos, viram-se a espaços. Carlos Martins sem espaço na zona central raramente saiu nas laterais para receber a bola. Saviola, sem espaço para trabalhar entre linhas e a bola nunca lhe chegou.
Notório que nas Transições o primeiro passe do Benfica é lateral e depois procura a profundidade, isto no meio campo defensivo.
Nas transições defensivas existiu uma tentativa de pressionar, mas não num bloco consistente, até porque a equipa mostrou-se muito cansada e com falta de dinâmica. Faltou coberturas ao portador da bola, principalmente porque as linhas defensivas estavam muito subidas.
Por sua vez o Sporting entrou a tentar encaixar no Benfica. A defender 4-4-2 com Postiga e Matias em cunha. Interessante a missão de Postiga a pressionar o portador da bola. Depois uma linha larga de 4 elementos com Yannick e Vukcevic a fechar em largura as entradas dos laterais do Benfica. André muito dinâmico tanto com como sem bola. É o jogador que equilibra na defesa, principalmente com entradas em ruptura dos jogadores do Benfica. Zapater ao seu lado, num duplo pivot a tentar fechar os espaços principalmente de Carlos Martins e com a função de apoiar os laterais na fase defensiva. A última linha mais fechada em largura a diminuir os espaços da linha ofensiva do Benfica.
Ofensivamente o Sporting jogou em 4-3-3, com Yannick e Vukcevic a saírem da largura e a realizarem diagonais longas para aparecer em zonas centrais junto de Postiga e com apoio de Matias que teve uma maior liberdade de movimentos.
As transições do Sporting foram em profundidade, ou no mesmo corredor nos espaços deixados pelos laterais do Benfica ou então com variações de flanco rápidas e largas nas costas da última linha defensiva.
Foi uma equipa solidária a preencher os corredores e não permitir superioridade nesses mesmos corredores por parte dos alas do Benfica. Neste capitulo, mérito de André e Zapater.
O 1º golo nasce de uma bola parada onde Roberto não esteve bem e onde Postiga, que fez um jogo extremamente esforçado apareceu na zona central a finalizar.  

Acordou o Benfica e subiu as linhas, tornou-se mais dinâmico e mais perigoso.
Aos33m Cardozo falha uma grande penalidade, mas do canto nasce o golo do Benfica.

A segunda parte trouxe maior dinamismo, maior intensidade e a bola mais perto das balizas contrárias.
Aos63m Couceiro tira Vukcevic e entra Valdês que troca de flanco com Yannick. Na minha perspectiva para acompanhar as subidas de Coentrão que subiu e muito de produção na segunda parte, sendo ele o maior dinamizador da criação dos desequilíbrios ofensivos.
3 minutos depois, Jesus responde com a entrada de Aimar, com troca directa com Carlos Martins e Jara por Gaitán. Aimar, procurou mais os corredores laterais e deu um maior dinamismo ao ataque benfiquista, mas saiu lesionado numa altura em que o Benfica precisava de pautar o seu jogo. Entrou para o seu lugar Felipe Menezes, que nunca conseguiu ritmar o jogo.
Interessante as chamadas de atenção de Luisão para o tempo de jogo, como que a dizer que era hora do Benfica acelerar.
Aos 85m entrou Abel para o lugar de João Pereira.
Muito interessante o facto de ambas as equipas procurarem o golo até ao final, num final de jogo emotivo.
Num momento em que o Sporting podia ter marcado por Matias, foi o Benfica a marcar aos 92m num lance em que Garcia entrou na área a criar desequilíbrio e a finalizar na cara de Patrício e levando o Benfica à final da Taça da Liga.


Positiva a organização e a determinação do Sporting, que apareceu em bom plano. Fábio Coentrão em bom plano acompanhado pelos serenos Luisão e Garcia. No Sporting, Postiga lutou muito e foi bem acompanhado por André e Zapater.

Notou-se alguma fadiga nos jogadores do Benfica que poderá ser um importante factor no campeonato.

Arbitragem foi positiva, embora com alguns pontos menos positivos, mas que não influenciaram o resultado.

    

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