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domingo, 24 de abril de 2011

O MIÚDO E O GRAÚDO II - A eliminação do Benfica.




No final da primeira mão da Taça de Portugal tinha escrito… “ainda falta um jogo…“, na altura tinha escrito também que “o miúdo (Villas boas) falhou na sua estratégia.”
Como se alteraram os papeis?…
Numa derrota muito difícil, Jorge Jesus assumiu a culpa, no entanto ficam algumas questões no ar.
Claro está que quem é treinador e está por dentro, tem justificações que nem sempre são visíveis aos “olhos dos outros.” Quando o Benfica ganhou nas antas percebeu-se o trabalho colectivo do Benfica e as “respostas” ao Porto quando André tentou modificar a estratégia.
Na Luz, para além de uma equipa amorfa, desequilibrada, receosa e sem qualidade, faltou também estratégias e até determinação. No meu ponto de vista, uma equipa perdida.



A meu entender a equipa não estava “preparada para sofrer golos.” Na realidade nós treinadores temos diferentes estratégias e “respostas” aos ritmos ou momentos de jogo. O Benfica não me pareceu que tivesse alterado nada.
Confesso que quando Salvio se lesionou pensei em Jara para o seu lugar. Mas após este jogo e até depois da Final da Taça da Liga, assumo que ainda é preciso muito trabalho. Coloca-lo a interior tem menos vantagens do que a avançado.
Certo que depois do jogo é mais fácil adivinhar e acertar nas previsões, no entanto eis alguns apontamentos que a meu ver não foram bem geridos e para o qual não encontrei resposta.
1 – A lesão de Gaitán a meu entender era mais uma razão para colocar Aimar a jogar. Seriam menos mexidas no meio campo. Jesus apresentou um meio campo com 3 alterações. Uma delas adaptação.
2 – Mesmo jogando Jara, a sua rentabilidade durante o jogo, foi praticamente nula. Não era necessário o 1º golo para mexer e alterar isto. Acabou por retira-lo quando provavelmente mais falta lhe fazia a avançado.
3 – Jorge Jesus esperou até ao 3-0 para mexer na equipa e apenas aos 78 minutos tentou fazer algo diferente (entrou Aimar). No meu ponto d vista, JJ não preparou a sua equipa para se adaptar caso estivesse a perder 1-0, ou 2-0. Mesmo até aos 3-0,  foi notório… nenhuma alteração táctica da equipa. Esta para mim, foi a situação que menos entendi. Saviola foi nulo, tal como Cardozo. Javi na fase de criação esteve muito mal, com sucessivos passes incorrectos e a defesa sofreu com o avassalador ataque Portista.


F.C. Porto


O Todo é mais que a soma das partes em tudo. A vitória do Porto começou a ser construída muito antes do Jogo.   
Conferências a criticar a arbitragem e mesmo depois do jogo criticas de Pinto da Costa à arbitragem a “fazer” esquecer o segundo golo ilegal por fora de jogo do Hulk.
Villas Boas a “dar” como quase garantida a passagem do Benfica como que a adormecer os encarnados.
Uma atitude determinada da equipa Portista aliada a uma maturidade fabulosa sem pressa pelo golo, paciente e objectiva.

Tácticas

No meu ponto de vista, nada de novo, apenas a falta de resposta Benfiquista às adversidades criadas pelos Portistas. Mesmo quando o Porto colocou 2 avançados (Hulk nas costas de Falcão), Jesus nada fez…
Aliás falou-se muito do conhecimento das equipas. Para mim, a motivação, determinação e agressividade foram fundamentais.
Pelo Benfica demasiada condução de bola. Equipa lenta, sem desiquilibradores, sem criatividade e pressa de movimentos.
O Porto, com combinações directas e indirectas a criar desequilíbrios. Funcionaram colectivamente e isso viu-se no resultado final. Os golos foram pela sua criação e provou-se mais uma vez que em futebol não existe impossíveis. 

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