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terça-feira, 29 de agosto de 2017

PRINCÍPIO METODOLÓGICO DA ESPECIFICIDADE.




“para mim treinar, é treinar em especificidade, é criar exercícios que  me permitam exacerbar os meus princípios de jogo”. (Mourinho,2006  in Oliveira et al, 2006:139)

O princípio da especificidade deve ser o orientador de todo o processo de treino em articulação com os outros princípios metodológicos: progressão complexa, propensões e da alternância horizontal em especificidade.
Vamos relembrar alguns conceitos. O desenvolvimento de um jogar segundo o Modelo de Jogo abrange a operacionalização de todos os seus princípios, que irão configuram o conjunto de comportamentos que caracterizam a forma de jogar Específica que pretendemos nos diferentes momentos do jogo. Ao longo deste primeiro microciclo definimos com o padrão de comportamentos de jogo que pretendemos, nomeadamente as funções de cada jogador. A nossa ideia de jogo, pretende ser assim um conjunto de princípios que irão dar corpo ao Modelo de Jogo. O Modelo de Jogo é a referência de todo o processo de treino.
   O Treino Integrado diz-nos que o conceito de especificidade é o princípio de treino, que nos diz que uma dada carga de treino é específica em função da direcção adaptativa. Para mim o conceito vai muito mais longe. A Especificidade contextualiza tudo aquilo que se faz ao longo do processo de treino, ou seja, que tudo o que se faz esteja de acordo com o que queremos manifestar. Para isto, os jogadores devem entender os objectivos a serem trabalhados e estarem concentrados. Ao treinador cabe a tarefa de explicar o exercício numa lógica de construção progressiva. As suas indicações devem ser específicas ao que se está a desenvolver e ao finalizar o exercício deve indicar o que correu bem e menos bem.
No treino número quatro e cinco desenvolvemos a Organização defensiva. No 5x2, exercício tipo “meinho”, ao contrário dos treinos anteriores, foram dadas indicações sobre a forma como pretendíamos que os dois jogadores defendessem e pressionassem. No dia seguinte a inclusão de mais um elemento (5x3) veio potencializar a cobertura defensiva. Foi realizado também uma posse de bola posicional, condicionada, para melhorar a circulação de bola, aspecto que não tinha corrido bem no jogo anterior com o Amavita. No exercício de GR+10X10+GR para além de explicar a estrutura defensiva, foi explicado a diferença entre defender e pressionar.
Na sexta, finalização. Contracções musculares muito intensas mas de curta duração com recuperação completa. Para desenvolver a organização defensiva optei por um exercício de GR+7X10+GR. Este tipo de exercício é muito desgastante para a equipa de 7, por isso é importante determinar claramente o que se pretende, especialmente no último terço do terreno na fase defensiva.
Sábado, jogo com o Vila Franca do Rosário.

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