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domingo, 9 de janeiro de 2011

FC BARCELONA - "A" EQUIPA

Foi lançado o desafio pelo JMR.
Se fosse treinador do Benfica e tivesse que jogar contra o Barcelona. Como seria?
Confesso que não vejo com regularidade os jogos de Barcelona e como tal não sou especialista.
Após o desafio lançado fiz a minha “espionagem” ao adversário. O meu olheiro principal foi o http://www.youtube.com/.
Não é possível ver muito do modelo de jogo desta equipa, mas mesmo assim consegui tirar algumas ilações importantes.
È o 1º lugar da liga espanhola. 49 pontos. Em 18 jogos apenas 1 derrota e 1 empate. 57 golos marcados e 10 sofridos.
No meu entender “A” equipa que verdadeiramente joga em ataque organizado.

Arriscaria dizer que o Barcelona é uma equipa com um modelo e cultura de jogo bem definidos, única. Impõe-se naturalmente dentro de campo.

Raramente muda o sistema, aliás mudam os jogadores e os princípios continuam os mesmos.

Apenas manteve a mesma equipa uma vez. A que jogou contra o Real, repetiu contra o Osasuna.

O modelo de jogo do Barcelona privilegia naturalmente a posse de bola combinada com a pressão quando a perde e um excelente jogo posicional associada a uma ocupação de espaço bem definida.

Seidu Keita afirmou que o jogo do Barcelona “es diferente del de todos los clubes en los que he jugado antes. En otros clubes los jugadores corren mucho, pêro aqui quien corre es el balón. Hay que estar siempre en tu sitio” (El modelo de juego del FCBarcelona; Óscar Moreno; edições MCsports)

Princípios do modelo:
Defesa
Principio: recuperar rapidamente a posse de bola;
Normalmente pressiona o adversário logo à saída da grande área, ou no meio campo defensivo do adversário,

Ataque
Principio: Manter a posse de bola com progressão apoiada, procurando a verticalidade do jogo;
 É notório que na zona de criação (meio campo ofensivo), alternando os corredores, sendo que na zona de finalização são objectivos jogando ao 1º e/ou 2º toque fazendo passes em ruptura procurando a baliza adversária.

Transição defensiva
Principio: Recuperar a bola no momento e local mais próximo da perda;
Os jogadores mais próximos da bola, saem em pressing, sendo que os centrais e o pivot defensivo, mais o lateral contrário iniciam a recuperação defensiva pelo meio. Os outros marcam espaço agrupando as linhas.

Transição ofensiva
Principio: Temos aqui dois princípios bem distintos. No meio campo defensivo procuram a progressão apoiada; com espaço nas costas procuram a ruptura nas costas da defensiva contrária.

Algumas características:

Centrais bem abertos e um pivot no meio sempre pronto a receber a bola e a equilibrar na transição defensiva. Laterais subidos que conferem os dois largura ao seu jogo ofensivo, na linha do pivot. Extremos inicialmente abertos procurando a largura e na fase final do ataque a derivar mais para dentro a procurar jogo interior e a formar espaço para os laterais. Avançado sempre em profundidade. Interiores “abertos”, sempre em jogo, procurando a bola ou em coberturas constantes.
Fazem altas variações de ritmo de jogo dificultando a adaptação da equipa adversária, racionalizando o seu jogo ofensivo, e insistindo na variação de flanco de jogo.
Por cada acção ofensiva utiliza em média 5 jogadores, o que comprova o que foi dito anteriormente. 
A sua posse de bola é desenvolvida no sector médio ofensivo e ofensivo.

Possui um triângulo ofensivo, com liberdade para as trocas posicionais mas que obedecem a este principio. Villa no vértice com apoio directo de Messi e tendo nas pontas Iniesta e Pedro. Messi com bola ou tabela com o vértice ou com os pontas mas sempre com objectividade e procurando a baliza adversária. A juntar a isto temos de ter em atenção as trocas posicionais do outro médio interior com o ponta-de-lança. Exemplo disso é o primeiro golo de Xavi contra o Real Madrid.  



Com o Real Madrid, daquilo que me foi possível ver através dos melhores momentos de cada partida, surge uma mudança estratégica na construção de jogo. Aliada a uma apoiada e rápida posse de bola, o Barcelona muda o centro de jogo de um corredor para o outro com passes largos, criando rupturas na defesa do real e provocando frequentes readaptações que foram criando ainda mais espaços na defesa do Real.


Se fosse treinador do Benfica e tivesse que jogar contra o Barcelona. Como seria?
Bem. Estou a “treinar” a minha equipa fica para o próximo artigo.

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